quarta-feira, 4 de abril de 2012

Comissão da Verdade

Um Partido se constrói no entrevero de idéias, de projetos e ações concretas, com a contribuição efetiva da militância que, organicamente, participa e faz a história acontecer. Aliás, por falar em história, o Prof Daniel Arruda escreveu um belo artigo no site do Claudemir Pereira, abordando o Golpe Militar de 64. 


Parabéns ao Prof Daniel pela postura cidadã ao rememorar uma das etapas mais sombrias da história brasileira em que vozes e bandeiras foram sufocadas e ceifadas pela repressão violenta.


É essencial manter viva a memória para que os barbarismos medievais jamais turvem a democracia e a cidadania que devem ser os alicerces do processo civilizatório. A propósito, é preciso que haja maior mobilização da sociedade brasileira para, dentre outras tantas lutas democráticas, apoiar a formação da Comissão Nacional da Verdade, criada pela Lei nº 12.528/2011, e que tem como um dos objetivos norteadores promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria, ainda que ocorridos no exterior (art. 3º, II). 


A Comissão da Verdade terá, portanto, a missão de esclarecer fatos e circunstâncias dos casos que envolvam graves violações de direitos humanos, revelando páginas que ainda continuam obscuras. 


O processo de construção e consolidação da democracia estará incompleto sem que se esclareçam profundamente todos os crimes praticados no período da Ditadura Militar. Não se trata de revanchismo, mas, sim, do direito de conhecer a história, mesmo que esta seja permeada por fatos lamentáveis e desumanos praticados pelos gorilas e pelos sabujos que envergonharam nossa Pátria.


Texto: Odinei Bueno Gonçalves

Advogado, professor universitário, professor da rede pública estadual do RS, ex-dirigente do CPERS, Ex-Presidente do PSB de Santa Maria e atual Vice-Presidente do PSB local.

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